quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Fins

Vou esperar para escrever a próxima linha
Após uma, vem a outra
Desenfreadas
Porém, vou aguardar
Afinal, faz parte do instinto humano
Esperar até o último suspiro
Para enfim, não finalizar
Dar fôlego para mais suspiros.

Mudar é totalmente compreensível
Mas requer sacrifícios
Como se levantar da acomodação
E isso só acontece pertinho do incomodo
Aquele de mudar
Quando não tem outro jeito
Não se mexe no que já está bom
E o bom estável é melhor que o bom em movimento.

O que não se modifica, parece eterno
Cálice sagrado, uma busca sem fim
Ninguém quer ver o ponto final
Essa que é a verdade
Medo dos pontos que costuram
E formam outra coisa
Que fiquemos sem términos
Sem começos.

Se escrever a próxima linha
Terei início
Mas se estagnar
Mente aberta para quem ler
Terá que criar, continuar e ainda por um fim
E se a poesia acabar
Não haverão outras linhas
Melhor mudar
Queremos outros começos.

Douglas Funny

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