terça-feira, 23 de março de 2010

Nós

Escrevo pra lembrar
de coisas que você não esquece.
Acordo cedo
para te acordar mais tarde.
Arrumo agora
o que deixa para depois.
Faço drama
onde você não vê nada demais,
e não tem nada demais.
Mas rimos do nada também
e isso fazemos bem.

Se não conheço ninguém
você acha que todos se conhecem.
Penso para um amanhã
aquilo que fez ontem.
E, nessas horas,
Sua impaciência cobra ação
da minha paciência.
Porém, se estamos lentos,
a moleza criamos juntos,
daí a preguiça se estende
em um filme,
em uma ou duas horas mais de sono.

Faço planos,
você tem impulsos.
e tudo se resolve
como tinha que ser.
Está bem, nem sempre é assim.
Sempre complico mais
e você nem se cansa.
Dos meus medos,
Você faz coragem.
Mas, no fim, eu acredito
e você adora.

Somos nós
e neles as nossas vidas se amarram.


Douglas Funny

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Bobo aos olhos

Se te pego num abraço
Descompasso
E me deito no seu colo
Entrelaço
Meus olhos se fecham
Diante do seu carinho
Ao lado do seu riso
Embalo-me nos seus sonhos
Na rede dos seus braços
E deixo o vento da sua boca me levar
Num instante,
O sopro cessa
E ganho da fonte os melhores desejos
Peço para não secar
Laça com o olhar
Amarra à crença do simples
E melhor não pode ficar
Da sua alegria
Brota a nostalgia
De sempre querer brincar
Nessa vida a toa desse bem-estar
Da preguiça que disfarça
A vontade de ficar
E de mais um pouco
Além do tempo
Sem levantar
Quem vê não enxerga
Que esse nada
Os detalhes bobos de um romance
São românticos e bobos
Como devem ser
E deixe estar.


Douglas Funny

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Por tentar

Já me fiz de difícil para escrever um verso seu
Não sabia como começar
Sabia que não queria acabar
Mal sabia como iria ficar
E ficando eu já não sabia mais
Confundia verde com mel
Uma amiga, uma ficante
Um caso sério quebrado pelas risadas
Dois inamoráveis pelo tempo
E eu, como sempre,
só queria acertar.

Dessa vez,
desacertando acertei
Acertei em ter saudades
quando sua mensagem chegou
Acertei em desistir
dos medos que me prendi
Acertei em mim
ao te conhecer.

Vejo desenhos em você,
o fascínio do seu olhar
Tenho o melhor sorriso que posso ganhar
Emaranhados nos mesmos cabelos
Amarrados na mesma alegria
Faço meu dia quando te vejo,
me desfaço na sua boca
e refaço o que só nós temos.

Falar de amor é bobagem
É rótulo do desconhecido
Clichê dos certos
Mas só dessa vez,
como se diz no seu jeito,
gosto muito de você.
Por outras vezes,
te digo
te amo.


Douglas Funny