sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Andamento

Espaço sem fôlego,
com o relógio sobre as costas.
O tempo me atropela.
Perco-me nos meus próprios passos,
mesmo seguindo passo a passo.
E se tropeço,
perco as baladas e badaladas do pêndulo.
Ordem, padrão e perfeita,
do ponteiro ditador.

O descontrole dos minutos me torna obsoleto.
Quando me desgarro das horas, viro efêmero.
E se cesso, deixo de existir.

Às vezes temo te encontrar.
Se te abraço, paro.
E sei que não vou mais voltar.

Douglas Funny

2 comentários:

Tatah Marley's Confissões disse...

Lindo.. profindo.. enfim, perfeito!
;*

Mar e Ana disse...

oolha q bonito =]
Ooolha q bonito =]

Quando tiver o livro, quero autografo.

:*