sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Quem apenas passa

No vago mundo piso em falso.
Sinal de distração.
Apenas eu parei e ninguém mais.
Todos continuam, tudo se mantém assim.
Sem um começo, sem um fim.
Um eterno desenrolar de vida,
mas sem clímax.
Onde já se viu uma história desse jeito?

Levanto.
Ajeito o palito, enquanto penso em outra história.
Novos contos pra contar.
Rumos para me perder.
Falta perder o parafuso
e quebrar essa máquina com meu nome.
Quem sabe a placa de metal desprende de mim.
Aquela que cobre meu peito
e me protege daquilo que vem de dentro.

Olho para frente,
olho para trás.
Não vejo diferença.
Apenas eu parei,
mas a esteira continua.
Melhor voltar e ligar o piloto automático.
Pensar é perda de tempo.

Douglas Funny

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