domingo, 20 de janeiro de 2008

Olhe por ti, Destino

Perdi-me em mim.
Tantos pensamentos,
visões, delírios, premonições,
lembranças.

E o passado sonha? Não.
Mas fica e se apega.
Às vezes ele sente
ou faz sentir.

Aquilo que foi irreal,
pode se perder como mera brincadeira infantil,
mas também pode se prender
e fingir que tem vida.
Já o real não se faz personagem,
apenas é.
Primeiro é preciso ser, para depois viver.

Nas entrelinhas,
queremos um final de novela.
O sonho se realiza para os mocinhos,
fracassa para os vilões.
Termina pela mão do destino
ou pela caneta do roterista.

Perdi-me entre verdades e mentiras,
entre sonhos e desilusões,
entre real e o irreal.
E quando a imaginação brincou comigo,
mente e coração se confundiram.
O sonho se fez personagem,
o real ficou mágico
e meu corpo, lúcido, flutuou.
Mas meu olhar de criança não brilhou mais.
O jogo terminou,
aquele tempo parou
e o sonho acabou.
Perdeu-se de mim.

Vou por a culpa no destino.
E ao seu acaso.
Afinal a música não toca mais.
Porém, Sr. Destino, venho lhe pedir.
Se sou apenas um fantoche na sua orquestra,
um instrumento da imaginação.
Caso a minha melodia já esteja no papel,
deixe que eu escreva a letra.

Douglas Funny

3 comentários:

Mar e Ana disse...

Concordo com o final!

:*

Mar e Ana disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Olá amigo! Como disse, aqui estou eu fazendo uma visita. E de primeira esse poema... simples, como acorde de uma música, como melodia no papel... livre como letra no papel, num poema. Bom! fik na Paz!